Proyecto Habitacional Santa Clara
Desenvolvido pelos arquitetos Alvaro Benítes, Emilio de La Cerda, Tomás Folch, Mirko Salfate e a construtora Inark S.A. o projeto em Isla Robinson Crusoe de 637 m² (10 moradias de 63,7 m²) é feito principalmente de madeira e metal.
Um conjunto de moradias econômicas. As condições de isolamento e o clima externo influíram na escolha de um envoltório hermético que contivesse toda área útil e de um interior adaptável para as mudanças progressivas das famílias.
Cada moradia se divide em três andares intermediários. As áreas de circulação foram reduzidas ao maximo e , em troca, proporcionam-se recuos. Com vidraças do chão ao forro, procurou-se captar a maior quantidade de luz natural e facilitar a comunicação com futuros terraços. Quanto aos materiais, cada casa possui alicerces de pinheiro tratado, assoalho de madeira laminada, painéis pré-fabricados, janelas de alumínio e forros externos de aço micro-ondulado.
Edificio Piscicuktura y Casas Flotantes/ Multiexport foods
Os responsáveis pelo Edificio são os arquitetos Juan Sabbagh, Mariana Sabbagh, Juan Pedro Sabbagh, Felipe Sabaagh e os engenheiros Sergio Contreras e Ingevsa. Localizado em Puerto Fonck no arquipélago de las Guaitecas possui uma área de 2957 m², nesta obra foi utilizado em grande escala aço, madeira e ardósia.
Estes trabalhos fazem parte da empresa Multiexport para renovar suas instalações, incorporar conceitos de sustentabilidade nos processos produtivos e propor uma relação harmônica entre as instalações e a natureza, incorporando-as aos circuitos turísticos da área. Consequentemente, a imagem arquitetônica dos locais deveria considerar não apenas a inserção no ambiente como um feito de grande relevância, mas também deveriam ser capazes de representar conceito tais como modernidade, higiene e eficiência ambiental sem prejudicar as demandas próprias do ramo turístico.
O edifício de piscicultura se parece, na planta, com uma folha de arvore, enquanto que suas dimensões imitam guelras de um peixe. Além disso, cada plano das coberturas – necessárias para as lagoas- se desenvolve em planos sobrepostos que geram aberturas para ventilação e iluminação, inspiradas no aparelho respiratório dos peixes, enquanto que o exterior e seu revestimento, com telhas de ardósia de corte diagonal, remetem a pele dos salmões. Por seu turno, o programa de locais para o pessoal e os visitantes foi disposto em dois níveis para a fachada, com vista para o lago e os vulcões.
O último trabalho,batizado de “Casas Flotantes”, teve como finalidade resolver outros tipos de problemas de habitabilidade decorrentes da pesca de salmões em si,ao que se somou a necessidade de gerar energia própria, poder armazenar alimentos,se abastecer de água e controlar os resíduos, devido a situação de extremo isolamento. Assim, dois cascos de concreto formaram plataformas sobre as quais foi montada uma prancha metálica lambrisada que poderia servir como cobertura de revestimento ao mesmo tempo, obtendo assim uma superfície continua e pacifica que apenas assim deixa uma marca em uma paisagem tão exuberante.
PLAUT, Jeannette e SAROVIC, Marcelo. Latam01 , Arquitetura Latino-Americana Contemporânea. Hunter Douglas. Santiago, 2013.
